IDENTIDADE

Ouvir, anotar e refletir a identidade de um grupo social diferente do meu. Não foi nada fácil... Quando ouvi a “Carla”, falando de sua vida e do seu tipo de trabalho, foi como se eu pudesse conhecer um universo novo sem ir contra os princípios do que ele era feito.
“Ninguém influencia ninguém a nada”. Foi essa, a frase que dela ouvi logo que iniciamos um diálogo. Seu trabalho, seus sonhos, seus desejos, espelham uma garota que inicia sua fase adulta com tantos propósitos quanto o meu, o seu e de todas as pessoas.
Ser “garota de programa”, para quem vive dentro de um outro contexto, parece ainda muito estranho, afinal, fomos criados para servirmos uma sociedade aparentemente correta, onde todas as suas ações devem ser “aplaudidas pelo público”.
Num mundo onde o dinheiro compra tantos valores, ela escolheu o seu caminho para alcançar suas metas.
Estudar a identidade torna as pessoas menos etnocêntricas. Mudar de ponto de vista muitas vezes é necessário. Sei que é possível respeitar a alteridade, sem abandonar a cultura do seu grupo social.

Obs:Texto baseado na entrevista do dia 28 de abril.

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