Estereótipos

Estereótipo, vem do grego, steros que significa sólido, mais týpos que é igual a tipo, ou seja é uma imagem já fixada, opinião pré-concebida, na sociedade atual, seja por meio das mídias ou por uma certa tradição oral e cultural, temos fixados alguns estereótipos, e essa fixação muitas vezes prejudica as relações inter-pessoais, e levam ao preconceito e a descriminação, onde julgamos as pessoas por sua aparência, profissão, crença religiosa etc. Essa fixação é etnocêntrica, pois julgamos as pessoas a partir de nossos valores e costumes. Já temos um pré-conceito formado, e não nos damos o trabalho de compreender “o mundo” do outro. Tenho certeza – posso até parecer pretensioso por isso – que ao ouvir o termo garota de programa muitas pessoas associarão á mulheres promiscuas, de vida fácil, ou ainda a mulheres “safadas” e destruidoras de lares, e assim essas pessoas se julgam superiores, pois acreditam – ou tentam passar essa idéia - que são honestos, puros e corretos. Talvez esse julgamento, seja em partes, devido a nossa tradição cristã, a qual prega que o sexo é sagrado, e deve ser feito após o casamento, e assim, terá as bênçãos divinas. É fácil observar que grande parte da sociedade, na prática, não tenha tanto rigor quanto ao sexo, porém, mantém-se o discurso. Em uma discussão sobre este tema, provavelmente muitos defenderiam que elas – as garotas de programa - são “erradas” pois trocam o sexo por algo, e o fazem por interesse, entretanto se analisarmos, atualmente, quase todos fazem sexo por algum interesse, seja profissional, por uma melhor posição no local de trabalho, seja pessoal, para satisfazermos os instintos “animais”, ou ainda para impressionar os que estão em volta, depois de transar com a mulher mais cobiçada pelo grupo ou com homem que é desejado pela turma. Em suma, quero dizer que atualmente, nos deparamos com uma grande disparidade entre discurso e prática, onde supostos “homens – ou mulheres - de família”, ou os politicamente corretos, na luz do dia e aos olhos da sociedade, criticam esse profissão com toda efervescência, porém ocultam desejos e até práticas mais “vergonhosas” que essas. Estamos numa sociedade paradoxal regida pela vaidade, pelo egoísmo, onde cada vez mais as pessoas buscam a auto-satisfação, a exaltação da sensualidade e da sexualidade, e procuram ter aparências provocantes, que chamem a atenção. Todavia essas mesmas pessoas continuam a julgar e a criticar as garotas de programa. Vivemos numa sociedade impregnada por estereótipos, cheia de convenções, de julgamentos, o que leva a superficialidade, vivemos num mundo de aparências, o que leva a discriminação. O Brasileiro tem preconceito de ser preconceituoso. Muitos se julgam, intelectualmente evoluídos, muitos se dizem liberais, sem preconceito, porém ainda vivemos em uma sociedade que oprime as minorias, sejam eles gays, negros, garotas de programa.

Relatório de Visita do dia:11/06/2008

Estrevistada: Gisele*(*Nome Fictício)
Cidade de Origem, mora e trabalha: Campinas
Idade: 24 anos
Trabalha nessa profissão desde os 22 anos
Estado Civil: Solteira
Filhos: 01 filho, mora com ela
Escolaridade: Segundo Grau Completo
Pais adotivos, é filha única e mora com eles
Sonho quando era criança: dançarina
Meta: Casar
Vai esperar estabelecer sua vida, antes de largar a profissão
Maior sonho: ser independente
Maior medo: Que seus pais descubram a verdade
Só transa com preservativo
Toma anticoncepcional
Faz exames periódicamente ( Dsts, Aids)
Trabalha somente nos dias de semana, das 10hs às 00hs
Trabalha aproximadamente 20 dias no mês
Adora música eletrônica
Adora baladas e sair com o filho, por isso não trabalha nos fins de semana
É católica não praticante
Vícios: Só bebidas alcoólicas e êxtase
O valor do programa é de R$ 150,00 + R$ 50,00 do quarto
Não pergunta sobre a vida pessoal dos clientes, embora alguns comentem que possuem parceiras fixas
O programa é de 1 hora, rola de tudo
Não é a favor do aborto

Gisele* possui uma vida de classe média, seus pais bancam seus gastos, mais ela quer ganhar seu próprio dinheiro, seu filho de 7 anos fica na escolinha o dia todo e durante a noite fica com a avó. Ela diz à família que trabalha em uma fábrica em outra cidade.

Nos fins de semana ela curte o filho e algumas baladas, o pai da criança abandonou ela grávida.

A família uma vez desconfiou, mais não conseguem imaginar que ela poderia fazer isso, justamente pela sua condição financeira.

Sente nojo de alguns clientes, mais encara, já se apaixonou por um, sofreu, mais deu a volta por cima e a partir daí considera-se uma profissional.

Relatório de Visita dia 08/06/2008

Estrevistada: Debora*(*Nome Fictício)
Cidade de Origem: Salvador-BA
Cidade onde mora: Campinas
Cidade onde trabalha: Campinas
Idade: 35 anos
Estado Civil: Solteira
Filhos: Não pode ter filhos
Escolaridade: Primeiro Grau Incompleto
Pais vivos, possui 3 irmãos, todos ainda moram na Bahia
Sonho quando era criança: Ser professora
Meta: Fazer faculdade
Pensa em para com essa profissão, mas sabe que vai demorar
Maior sonho: ter filhos, outro seria casar
Maior medo: Ficar sozinha
Dependendo do valor pago não usa preservativo
Utiliza anticoncepcional
Faz exames anualmente ( Dsts, Aids)
Trabalha das 11hs às 22hs
Trabalha aproximadamente 20 dias no mês
Adora música, a preferida é axé.
Freqüenta shoppings mais não curte muito baladas
Não acredita em Deus
Usa bebidas alcoólicas e fuma
O valor do programa é de R$ 30,00 com a diária de R$ 15,00 do quarto inclusa e sem camisinha cobra R$100,00
80% dos clientes são casados ou possuem namoradas fixas.
O programa é de 1 hora, em todas as posições e beija na boca
Não é a favor do aborto


Ela veio para São Paulo para trabalhar em casa de família aos 14 anos, a família se mudou para Campinas e cansada de ser humilhada saiu de lá e começou a se prostituir. Trabalha nas ruas do bairro, e mora junto com outra colega de profissão.

Perguntamos se ela acredita que R$70,00 pagam a vida dela, pois essa é a diferença da transa sem camisinha, ela disse que tem sorte e que sabe escolher o cliente.
2º Semana de Visibilidade da profissional do Sexo!

"Toda pessoa tem direito a trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho”.(art.23 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Na maior parte das grandes cidades brasileiras, as prefeituras vêem promovendo uma perseguição a esta categoria de trabalhadoras e trabalhadores que atuam nos centros das cidades, em nome de uma política de “limpeza” urbana. Essa limpeza significa retirar, da região central da cidade, grupos de profissionais excluídos do mercado formal de trabalho - como camelos e profissionais do sexo – e transferi-los para áreas de confinamento nas periferias da cidade, mascarando assim os graves problemas sociais existentes na nossa sociedade.
Em Campinas não é diferente e no caso das profissionais do sexo, essa política incide constantemente sobre as mulheres que trabalham na área central, seja sob a forma de violência policial, preconceito social e tentativa de fechar os hotéis onde trabalham. Há alguns anos foi feita uma manifestação contra a tentativa da prefeitura, de fechar os hotéis do centro da cidade. Mobilização essa que deixou mais claro para o movimento das mulheres profissionais do sexo de Campinas que a cidadania só é possível a partir da reconstrução e reivindicação de seus direitos por melhores condições de trabalho, além de pedir o fim de toda e qualquer forma de repressão e violência.
Por inúmeros motivos que atualmente o número de reivindicações em favor de condições mais humanas de trabalho está em alta entre as garotas de programa, aos poucos estão deixando a escuridão e assumindo com muita dignidade, sua profissão.
Segundo Marina que trabalha há aproximadamente quatro anos no ramo, e atua no Jardim Itatinga de terças a sábados, confirma que sofreu muito com o preconceito no começo da profissão, afirma que já chegou a ser apontada nas ruas, e que sentia muita vergonha do trabalha que exercia, mas que aos poucos foi se conscientizando que ninguém tem o direito de julgar, e muito menos de aceitar esse julgamento, nem pelo fato de ser prostituta, nem se fosse catadora de lixo, “Parece que as pessoas já nascem preconceituosas, e destinam a gente a quem deve xingar e a quem deve ouvir, não é só porque sou garota de programa, que sou obrigada a engolir desaforo, não procuro o homem de ninguém eles é que me procuram...”.
Ela acha muito importante essa nova consciência das pessoas, de ambos os lados, essa iniciativa da prefeitura em criar uma semana de visibilidade para as profissionais do sexo, com o intuito de ensinar, educar, e ampliar esse mundo tão difícil, mas que depende muito da maneira com a qual encarar, “Tem todo tipo de gente aqui, das mais lindas (tops), as mais loucas, que tem família, filhos e até emprego, mais na calada da noite vem viver o outro lado, na espera de matar a solidão interna...”.
“Não pretendo morrer nessa profissão, mas seja o que a vida quiser, porque Deus, tenho certeza que não quer, procuro olhar para tudo que já passei e tirar o melhor disso tudo, se que é que existe um lado bom, quero casar, ter filhos e nunca mais voltar para isso aqui.”
O Bairro é movimentado o dia e a noite toda, pelas ruas que andamos notamos muitos olhares curiosos, de todo tipo de gente, é engraçado olhar e pensar “podia ser uma de nós”, mas quem decide quem vai terminar ou começar aonde, não existe uma porta dizendo aqui você passa, e aqui não, é importante repensar as oportunidades, o mundo é repleto delas “ È bom vocês aproveitarem o dinheiro que a mãe de vocês esta gastando, pra que um dia possam devolvê-los, tem gente que nasce com sorte e tem gente que precisa procurar por ela.”- afirma Marina.

Relatório da entrevista do dia 28 de maio de 2008

Relatório
Integrantes do Grupo: Rayssa, Enéias.
Entrevistada: Suzane*

-Idade: 19 anos -
-Cidade de origem: Santos - SP
-Cidade onde mora: Santos-SP
-Local de Trabalho: Campinas.
-Estado Civil: Solteira (Namora há oito meses)
-Sem filhos.
-Já fez um aborto
-Escolaridade: Primeiro e segundo Grau completo.
-Pais separados, é filha única.
-Sonho quando era criança: Ser médica
-Meta: Comprar um carro novo e uma casa na praia.
- Planeja sair da profissão, mas não espera que seja muito em breve.
-Maior sonho: Viajar para os EUA
-Maior medo: Ser agredida ou pegar Aids.
-Usa preservativo no trabalho.
-Utiliza anticoncepcional.
-Faz exames periódicos ( Dsts, Aids).
-Trabalha das 18hs às 00hs.
-Trabalha aproximadamente 25 dias no mês
-Adora música, principalmente pagode.
-Freqüenta shoppings e baladas com freqüência..
-Não pertence á nenhuma religião, mas acredita em Deus
-Usa bebidas alcoólicas, fuma e de vez em quando cocaína.
-O valor do programa é de R$ 40,00 com a diária de R$ 10,00 do quarto inclusa.
-Afirma que 90% dos clientes são casados ou possuem namoradas fixas.
-O programa é de no máx. Quarenta min, apenas em uma posição (de quatro), não beija
-Não tira a blusa.
-É a favor do aborto em certos casos.

Relatório da visita do dia 22 de maio de 2008

Integrantes do Grupo: Rayssa, Enéias.
Entrevistada: Marina*

-Idade: 23 anos -
-Cidade de origem: Pouso Alegre - MG.
-Cidade onde mora: Valinhos - SP
-Local de Trabalho: Campinas.
-Estado Civil: Solteira.
-Sem filhos.
-Escolaridade: Primeiro Grau completo.
-Pais separados, tem dois irmão menores.
-Sonho quando era criança: Ser atriz
-Meta: Juntar dinheiro suficiente para abrir um negócio próprio.
-Maior sonho: Casar-se e ter filhos
-Maior medo: Aids.
-Usa preservativo no trabalho.
-Não utiliza anticoncepcional.
-Faz exames periódicos ( Dsts, Aids).
-Trabalha das 18hs às 00hs.
-Trabalha aproximadamente 20 dias no mês
-Gosta de qualquer tipo de música, principalmente Funk e pagode.
-Freqüenta shopping, cinemas, e adora fazer compras.
-É Católica não praticante.
-Usa maconha, e às vezes cocaína, além de bebidas alcoólicas, não gosta de cigarro.
-O valor do programa é de R$ 40,00 com a diária de R$ 10,00 do quarto inclusa.
-Afirma que 90% dos clientes são casados ou possuem namoradas fixas.
-O programa é de no máx. Quarenta min, apenas em uma posição (de quatro), não beija.
-É a favor do aborto em certos casos.

Análise da visita do dia 13 de maio de 2008

Depois da nossa primeira visita ao Jardim Itatinga, confesso que fiquei muito mais tranquila e a vontade para estudar as garotas de programa.Agora sei que antes de qualquer coisa, independente de cor ou da profissão, elas são seres-humanos, e que possuem sonhos, metas e valores, assim como você e eu.
Quando chegamos ao local combinado, em meio ao horário de trabalho de muitas mulheres profissionais do sexo, lá estava nossa entrevistada, parada na calçada vestida com um shorts jeans curto, uma businha que deixava sua barriga a mostra,de tenis e um rabo de cavalo.Ela estava de costas para nós com mais duas mulheres, a sentada na cadeira estava gravida, quando nos aproximamos Carla* que nos daria a entrevista pediu que esperassemos um pouco, ela e as outras duas estavam acabando de enrolar um baseado (cigarro de maconha)e iriam fumar, perguntou se nós nos incomodariamos, dissemos que não que esperariamos do outro lado da rua, com isso pude analisar o ambiente em que estavamos. Uma rua bem iluminada ás 20:00 hs da noite, muitas pesssoas passando de um lado para o outro, homens, mulheres, jovens bem vestidas, senhores voltando para casa depois de mais um dia de trabalho, um bar lotado com um som bem alto tocando um sertanejo animado, inúmeros carros, de todos os tipos de populares a importados.
As pessoas pareciam estar em uma festa, todos rindo, bebendo, conversando, o local é conhecido como Boca do Lixo, funciona durante o dia e a noite, há prostitutas de muitos valores,e muitos hotéis considerados baratos.Nem todas as mulheres que estavam ali eram prostitutas, algumas eram "primas" e "irmãs" termos denominados para quem pertende ao PCC ( Primeiro Comando da Capital)e é responsável pelo tráfico de drogas no local ,outras eram "amigas", conhecidas, ou simplismente estavam ali conversando e bebendo, a policia passava normalmente e fazia o seu papel, olhava tudo com olhos bem apertados fazendo de conta que eram honestos, que a qualquer hora podiam mandar prender alguém, mas como descobrimos até com a policia há acordo.Quem faz a segurança do local não são eles, eles eram "pagos" para não interferir, cada uma das meninas é responsável por sua própria segurança , Carla* disse que algumas usam estiletes ou até giletes para se proteger,e que todas se ajudam quando necessário, mas que é proibido brigar entre elas, ou causar qualquer tipo de tumulto, pois os "Patrões" que não são os cafetões como conhecemos em novelas, mais sim os donos das bocas (Pontos de drogas) tem total liberdade de expulsar quem brigar para fora dos pontos, ou seja, dos locais de prostituição.
Cada uma é responsável pelo seu próprio dinheiro, não sei se para vocês era assim, mas até aquele dia eu possuia uma imagem totalmente diferente, eu ainda tinha aquela visão de filme, onde as garotas trabalham para um homem que era seu cafetão, esse por sua vez batia nas garotas, confiscava o seu dinheiro e cuidava da sua segurança, mas não, a única contribuição que pagam é o aluguel do quarto que utilizam, que é no valor de dez reais no periodo de meia hora.
A Carla* é uma mulher bonita, inteligente,que se comunica muito bem, gosta de coisas e lugares muito parecidos com as meninas da nosso meio, cinemas, novelas, filmes, baladas, e principalmente viajar, ela adora a praia.
É casada a aproximadamente dois anos, o seu marido que apesar de saber da sua profissão, hoje em dia não concorda, ela disse que quando se conheceram já era prostituta nas ruas de Santos, mas não na Zona do Porto, disse que lá é lugar de drogados viciados em crak e em cocaina, ladrões, e prostitutas que não trabalham pela necessidade, ou desejo de realizar seus planos, mas que se submetem a sexo por drogas, ou por qualquer quantia em dinheiro, que lá não tem quarto de hotel que os programas são feitos em qualquer lugar, principalmente na boléia dos caminhões, disse que o cáis é um ambiente decadente, que ser prostituta já é ruim e que no Porto é ainda pior.
Morava em Maringá, Paraná, veio para morar em Santos em busca de condições um pouco melhor, terminar os estudos e trabalhar, seus pais não sabem e nem fazem a menor idéia em que ela trabalha, e que se um dia soubessem morreriam de desgosto, porque nenhum pai cria uma filha para se tornar prostituta, ela disse que quando tiver uma filha, até onde puder esconder o seu passado vai tentar, não por vergonha, mas porque essa vida não é orgulho pra ninguém, e que nunca enquanto viver vai permitir que a filha dela opte por essa caminho, pois uma vida dessas ninguém planeja, é culpa do acaso, foi assim que ela descreveu como entrou na prostituição.
Que não existe influência, nenhuma pessoa te obriga a isso, e "não é que você se acustuma à essa vida é a situação, você se acustuma é com o dinheiro...e que não é um trabalho normal é um trabalho aceito."
Disse que atende todos os tipos de clientes, desde os arrumados de terno e gravata que passam por ali depois do trabalho, garotada que vem em grupo de amigos para matar a curiosidade, até a bandidos, ela não faz nada a mais por dinheiro, não beija na boca, não faz sexo sem preservativo, não tira a parte de cima da roupa, não faz sexo anal, oral, com mulheres, grupal, esse último disse que já fez sim, no começo da profissão, mas que hoje gosta muito mais dela e que não aceita mais qualquer tipo de humilhação.
Nunca sofreu nenhum tipo de violência, nem por parte de clientes nem por parte de outras prostitutas, que a primeira vez que fez um programa na (hora H) não conseguiu, teve medo, nojo e não foi a diante, mas que via as amigas mais velhas chegando com tenis, com roupas novas, dinheiro pra sair e que como qualquer pessoa também queria isso pra ela, não a profissão mais os beneficos, e disse que essa vida não é uma vida fácil como dizem por ai, é humilhante e completamente feita de ilusão.
E que assim que conseguir concluir suas metas quer sair logo disso, suas metas são: terminar o tratamento médico que faz para engravidar, quitar o apartamento onde mora e o carro que possui.